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USP lança rede social colaborativa com foco em pesquisa de inovação
Em parceria com a Agence Universitaire de La Francophonie, o Instituto de Estudos Avançados tem na plataforma UAIFAI uma alternativa em meio ao acelerado processo de modernização e expansão tecnológica
Por USP - 21/01/2025


Imagem de um celular em que aparecem vários ícones relacionados a redes sociais, com Instagram e Facebook. Projeto busca regulamentar plataformas como Instagram, Facebook e Twitter – Foto: Pexels

O Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP), em parceria com a Agence Universitaire de La Francophonie como financiamento à inovação pedagógica, lançou a UAIFAI (Universos Abertos à Imaginação, à Fantasia e às Artes da Invenção), uma rede social colaborativa aberta a docentes, pesquisadores, pós-graduandos e demais interessados, voltada ao incentivo de projetos de pesquisa, com foco na inovação. O projeto é detalhado pelo seu coordenador, professor Gilson Schwarz, da Escola de Comunicações e Artes da USP e do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP).

Para o professor, a plataforma surge como uma alternativa segura em meio ao acelerado processo de modernização e expansão tecnológica. “Como toda liberdade tem que ter responsabilidade, a mediação é fundamental e a rede surge para oferecer mais oportunidades de um uso construtivo, responsável e, principalmente, criativo, porque a gente, muitas vezes, entra nas redes sociais e acaba se enquadrando em modelos de postar conteúdo ou de formar grupos e a gente acha que tem que ter uma renovação”, explicou o professor.

O projeto subsidiará importantes projetos, um deles sendo o Quilombo Inteligente, um projeto de inovação pedagógica com a Agência Universitária da Francofonia, que pretende fundir questões raciais com a maior acessibilização tecnológica. “Nós pensamos em juntar a questão da identidade negra com a questão da inteligência artificial. Como que a inteligência artificial chega nas comunidades, que são as comunidades mais pobres do país, com maiores níveis de exclusão e de violência, como é que a internet chega nessas comunidades? Que oportunidades as crianças, os jovens, adolescentes pretos estão, de fato, acessando para poder superar um atraso, inclusive do ponto de vista educacional, que se acentuou durante a pandemia?”

Participação de escolas

O UAIFAI contará com a participação direta de escolas e instituições de ensino através da criação de novos projetos, que incentivarão os alunos a participarem ativamente da plataforma – afinal, segundo o professor, “teremos projetos criados pelos professores, pois ninguém melhor para conversar com estudantes, para conversar com a comunidade escolar, inclusive com as famílias, do que o professor.”

Schwarz ressalta a importância de uma nova abordagem pedagógica sob a nova perspectiva tecnológica, principalmente a cultura de games, tão presente no cotidiano dos jovens e adolescentes. “É importante trazer a cultura dos games: games, eletrônicos, videogames, mas também jogos. Então, nós temos ideias que já estão formatadas, que vão ser implementadas, por exemplo, games voltados à educação sexual de meninos e meninas. Essa ideia veio dos professores, com games ligados à linguagem da ecologia, linguagem do meio ambiente”, explicou o coordenador.

O projeto de seleção para projetos já teve início a partir de um grupo de aproximadamente 40 professores que vêm produzindo, junto ao Instituto de Estudos Avançados, projetos que poderão ser implementados na plataforma. Para o coordenador, o ponto central do projeto é a interdisciplinaridade, além da contribuição de todos os envolvidos que levarão o projeto ao seu resultado final. Mais informações sobre o projeto, como link para inscrições e editais, encontram-se disponíveis no site do Instituto de Estudos Avançados da USP.

 

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